terça-feira, 2 de agosto de 2011

O mundo não tem fim

Não gosto de falar de um povo como se de uma raça canina se tratasse: "os golden retriever são animais dóceis, bons para lidar com crianças. Já os franceses não gostam de tomar banho". No entanto, é interessante ver como os timorenses, ou pelo menos alguns, lidam com esta situação peculiar, que é a de um vaivém de estrangeiros mais ou menos constante no seu território. Dão boas-vindas a uns e despedem-se de outros. A minha festa de recepção foi feita em simultâneo com a festa de despedida de dois colegas que permaneceram por cá vários anos. Muito me honrou ter recebido, de uma criança, uma salenda com uma inscrição especial direccionada à minha pessoa. Uma salenda é uma espécie de cachecol e o petiz enrolou-ma ao pescoço, qual campeã a receber uma medalha.
Foi então proferido um discurso de despedida, sem grandes pretensões, para não acabar tudo em choradeira, terminando da seguinte forma: "mas o mundo é pequeno, haveremos de nos encontrar, senão neste, no próximo". Hoje, na partida de uma dessas colegas, mais uma vez veio à baila o outro mundo. "Haveremos de nos voltar a ver, doutora, nem que seja no outro mundo". Reconfortante, não?

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