sexta-feira, 29 de julho de 2011

David e Golias... ou não...

Hoje: almoço de despedida de uma colega em casa da adida cultural da embaixada de Portugal. Após seis anos por cá, vai voltar à pátria mãe. Convidados: vários professores, entre eles, uma prof. timorense.

No caminho:

Prof. que vai embora (PQVE): ah, sabes que o cunhado da prof. timorense (PF) tem uma piton em casa?
Eu: what? São daquelas venenosas?
Outro prof: não, são daquelas que estrangulam...
Eu: ah!
PQVE: um dia escapou...
Eu: sério? e depois encontraram-na?
PT: sim, depois encontrámos
PQVE: e aqui a PT nem ficou com medo... eu teria algum receio.
PT: eu não.
Eu: está bem alimentada?
PT: sim, come de vez em quando uma galinha. Mandamos-lhe uma galinha de vez em quando.
PQVE (incrédula): Viva?
PT: sim, claro. É muito giro ver a luta entre as duas.
Outro prof.: deve ir com penas e tudo.
Eu: deixa lá, pelo menos morre com dignidade.
Outro prof.: em Portugal é com choques eléctricos.
PT: têm de vir ver um dia.
Eu: gosto mais de ver na televisão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Shopping

Ontem, uma colega minha aqui da casa convidou-me para ir ao "shopping"... Estão a ver aquelas roupinhas muito giras que um dia vocês usaram e que, num acto de extrema solidariedade, colocaram no contentor da roupa para fazer felizes os povos necessitados do outro mundo que não o vosso? Pois é... estão já ali no fim da rua. Um luxo.

Out

Parece que quando assim distantes da nossa realidade, nos esquecemos de certas coisas que costumavam ser rotina. Por exemplo, nunca mais me tinha lembrado de ver os meus e-mails do hotmail...

21 de Julho - Vitórias

Hoje consegui duas vitórias:
1- Vieram buscar a betoneira que se encontrava no meio do jardim. Telefonei à dona da casa e não é que, dois dias depois, aqui estavam os homens para recolher aquela coisa. Deu trabalho e temi pela vida deles, pois conseguiram, à força braçal, pegar naquilo e colocar numa camioneta. Mas, no final, receberam as minhas palmas.
2- Eu, Marito (segurança) e outra ocupante da casa retirámos um bidão tipo gasolineira e um contentor do lixo também do meio do jardim.
Aqui a separação de lixo é arcaica, mas existe. Eles recolhem as garrafas para as reaproveitar. Assim, as que estavam no meio do chão passaram para dentro de um balde do lixo.
"Hau ho Marito gosta jardim capaz!"
Oh lé!!

Aprendendo tétum

Afoin fase azulejo amos baldi = depois de lavar o chão, limpar o balde.
Ha'u aprende tétum ho D. Amélia aprende português = Eu aprendo tétum e a D. Amélia aprende português.
Um dia eu chego lá!

18 de Julho

Sabem aquilo que se diz que acontece nos países tropicais, de se tomar banho e passado um bocado já se estar todo pegajoso? É verdade.
O bom é que o meu quarto tem ar condicionado.
Visita à universidade pela manhã. Bom aspecto, paredes e tectos inteiros, pintados, corredores grandes, limpa e com muitos alunos, mesmo em tempo de férias: "estudante universidade sira nian". Será que está bem? Sira para o plural, nian para o possessivo: os estudantes da universidade.
Manhã passada a conhecer a universidade e a ler uma gramática de tétum. Seguiu-se almoço e ida ao banco para abrir conta. Mais universidade à tarde e regresso a casa.
Muitos nomes novos, muitos protocolos sociais e culturais novos, muita vontade de mudar coisas. Dar tempo ao tempo. O mais difícil são sempre as relações humanas.
A reter: a casa/jardim têm potencial, a empregada tem potencial, os guardas/jardineiros têm potencial.

17 de Julho - 3º dia em Dili

Hoje foi dia de almoçar fora num restaurante birmanês, com ventoinhas no tecto. O ambiente era um pouco como o daqueles filmes passados nos trópicos, com homens vestidos de branco.
Ida até à montanha visitar o memorial aos mortos na 2ª guerra mundial: australianos, holandeses, mas também, timorenses e portugueses. Quem o terá construído? Necessidade urgente de utilizar a casa-de-banho local...cheia de mosquitos na parede. Solução: repelente em TUDO o que foi sítio.
Seguiu-se visita a um seminário meio abandonado, descida da montanha e água de côco num bar perto da praia. Eles, os timorenses, não se banham por ali. Nem eles, nem mais ninguém. Parece que há crocodilos dentro de água. Na próxima semana, quero ir à praia da areia branca, lá mais para a frente, onde os "malai" (estrangeiros) tomam banho sem medos. Nunca ninguém viu nada disso e até fazem mergulho.... Não sei se me meto nisso.
Nota mental I: visitar a ilha de Ataúro, que fica a 20 km de Dili de barco (ou piroga...). Segundo a hóspede que habita por aqui nestes dias, mas que habita na ilha permanentemente, por lá não há crocodilos e parece que é paradisíaca, apenas com tubarões pequeninos... Questão: e se o "barco" se vira a meio do caminho?

17 de Julho - 2º dia em Dili

Dili não tem iluminação à noite, a não ser em alguns sítios, onde lá aparece um candeeiro de rua igual aos que existem em Portugal. O que vale é que há muito movimento (às 7 da tarde).
A panca do dengue e da malária, faz-me ter Baygon sempre à mão. Acabei de matar um mosquito mesmo agora. Estaria infectado? Dormi pouco e debaixo da rede mosquiteira. Às cinco na manhã, começaram todos os cães da rua a ladrar e confesso que fiquei com medinho, porque pensei que poderiam estar a dar alarme de qualquer coisa, mas não... devia ser apenas o despertar canino colectivo, juntamente com o dos galos. Todos devem ser muitos, porque foi grande a barulheira.
Mas os galos cantam a qualquer hora. São 10h48 da manhã e lá estão eles. De modo que às 8h já estava a pé. Pus creme, depois protector solar e depois repelente.
Parece que há para aí umas lutas de galos hoje. Quando não estão a lutar, estão atados por uma pata a uma árvore.
Vou almoçar fora e passear.

16 de Julho de 2011 - Chegada a Timor Sol Nascente

TIMOR! Vista brutal do avião. Dois colegas à espera. Ruas cheias de gente, mas em linhas rectas, com planeamento! Em casa: dois cães simpáticos, bolinho de laranja e batido de papaia. Passeio até um centro cultural e supermercado. Jantar em casa muito bom e bela converseta. Desfazer malas e net.... lentíssima! A ver se ponho fotos no facebook e começo a escrever no blogue!

16 de Julho de 2011 - Escala em Singapura

Em Singapura,depois de uma boa noite de sono num hotel fabulástico. Quarto com vista para a pista. Flores e humidade a 300%, mas dentro do aeroporto não se nota. Tudo me parece barato. O jantar de ontem deve ter ficado por quatro euros e foi bastante saboroso. Hoje: check-in feito. Espero que ninguém volte a implicar com os líquidos. Em Londres tive de provar por A+B que a minha cera faz parte do kit survival e que é algo sólido.

13 de Julho de 2011 - De partida...

É bom partir, mas é igualmente maravilhoso saber que por cá fica gente querida para quem voltar :) Vivem-se bons tempos de mudança!
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