segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A minha rua

Saio de casa ao final da tarde, quando o tempo já está mais fresco, rumo ao final da rua, onde se encontram umas bancas de frutas e legumes, enquadradas por roupas em segunda mão, também para venda. Tenho de ir ver de coisas para o jantar. Atravesso o portão vermelho e digo boa tarde a toda a maralha que costuma fazer companhia ao porteiro/segurança. Este é só o primeiro "boa tarde" de todos os que vou ter de dizer ao longo do caminho, que se resume a uma rua, a minha. Cheiro de fossa no ar e lá vou eu. Às vezes, para criar empatia, digo "boa tardi", mesmo com o sotaque local. Nem sempre o objectivo é alcançado. Oiço os risos atrás de mim e também me dá vontade de rir. A meio, reparo numa carrinha branca da UN estacionada ao meu lado direito. Olho descaradamente e observo o dono, provavelmente um australiano dos seus 40 e tal anos, loiro e anafado. Acompanho-o o respectivo cão, bem cuidado e sem trela e, este sim, preso a uma coleira, o seu macaquinho de estimação...

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